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Educação inclusiva e a importância da diversidade em sala de aula

A escola é um lugar para todos. Para que essa teoria funcione na prática, é fundamental que as instituições de ensino de todo o país tragam para o debate um assunto importante: a educação inclusiva. Todos os estudantes estão recebendo o suporte necessário em sala de aula? 

 

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Ao longo deste artigo você verá dados, insights e respostas para essas e outras perguntas, além de mostrar como as escolas podem se preparar para promover a diversidade e garantir a inclusão para combater o bullying e o preconceito desde cedo. Vamos lá?

 

O que é Educação Inclusiva?

O conceito tem como princípio básico que a educação é direito de todos e todas, sem exceção. Simples? Na teoria, sim. Na prática, nem tanto. Dentro do sistema educacional brasileiro existem obstáculos que acabam dificultando o acesso a todos à sala de aula. Isso vale tanto para colégios públicos quanto particulares. 

 

Por que precisamos falar sobre Educação inclusiva?

Segundo a pesquisa “Desigualdades no acesso ao ensino durante a pandemia”, publicada pelo Plano CDE, Fundação Lemann, Itaú Social e Banco Interamericano de Desenvolvimento, 10% dos estudantes com deficiência não tiveram aulas com recursos de acessibilidade durante a pandemia.

Além disso, 59% afirmam ter raro contato ou nunca ter recebido qualquer atendimento especializado especial (AEE). Este é um serviço de educação especial regulamentado por lei. Os números mostram que mesmo com os estudantes assistindo aulas remotamente, houve dificuldades para a inclusão em sala de aula. 

 

Educação inclusiva contra o Bullying

O Bullying e o preconceito com o diferente estão sempre presentes. Segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em uma pesquisa realizada com 18 mil estudantes, professores, funcionários e pais, em 501 escolas em todo o nosso país, foi constatado que 96,5% dos entrevistados admitem o preconceito contra pessoas com deficiência.

As pessoas com transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades, ou superdotação, também sofrem Bullying. 

Segundo o mesmo estudo, as taxas de violência são ligeiramente mais altas entre crianças com transtornos mentais (34%) e deficiências cognitivas ou de aprendizagem (33%) do que entre crianças com deficiências sensoriais (27%), limitações físicas ou de mobilidade (26%) e doenças crônicas (21%).

 

Aprender junto é importante!

Durante décadas, os alunos diferentes precisavam frequentar instituições especializadas. O que era considerado normal, afinal a resposta para dar suporte à criança era a segregação. 

No entanto, como a sociedade poderia estar preparada para apoiar o desenvolvimento dessas pessoas se desde cedo eles eram excluídos, sem entender os seus desafios e dificuldades? Essa realidade mudou bastante. 

 

 

Nos dias de hoje, os estudantes que possuem Necessidades Educacionais Especiais (NEE) são totalmente inseridos na rotina escolar. E quando essas crianças ou jovens não são aceitos ou são atendidos em uma sala ou unidade separada, é crime. 

 

Diversidade e inclusão por um ensino de qualidade

Vale lembrar que muitas vezes a escola é o primeiro contato da criança com o mundo depois da família. Quando essa experiência acontece em um ambiente que há diferenças de opiniões, crenças e valores, ela se torna bastante rica na formação de empatia e resiliência.

Portanto, essa troca é essencial para desenvolver competências socioemocionais e interpessoais entre os alunos de diferentes idades. Saber lidar com a diversidade, ser flexível, gerenciar suas emoções, formando jovens e adultos mais bem resolvidos e empáticos em relação às diferenças. 

Outro ponto importante em relação à diversidade é que ao ser incorporada nas escolas, ela permite que o bullying seja tratado na origem da sua causa. 

Dessa maneira, a Educação Inclusiva proporciona que os estudantes de diferentes faixas etárias saiam de suas respectivas bolhas e passem a ter mais consciência sobre as diferentes realidades que o cercam.

 

Como saber se a escola aplica a Educação Inclusiva?

Está na Constituição Federal de 1988 e reforçado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): todos têm direito de acesso à educação. Independente da necessidade, a criança deve frequentar a escola e ter acesso a tudo que é disponibilizado aos outros alunos.

 

“Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior “- Artigo 26º da Declaração Universal dos Direitos Humanos

 

Outro ponto importante é ter a certeza de que a escola siga o segundo princípio que diz: toda pessoa é capaz de aprender. Isso significa reconhecer que existem diferentes formas de aprender e buscar diversas formas que favoreçam essa aprendizagem.

Por exemplo, um aluno com deficiência visual pode tranquilamente aprender utilizando seus outros sentidos. Certifique-se de que a escola deve oferecer um ambiente acolhedor, pois conviver no ambiente escolar beneficia a todos.

Por fim, a garantia de que a Educação Inclusiva diz respeito a todos. Um aluno com Necessidades Educacionais Especiais (NEE), assim como sua família, comunidade, educadores, gestores escolares e outras pessoas que fazem parte da sua rede de apoio devem estar inseridas nesse processo.

 

Live: Educação Inclusiva, com Mariana Rosa

Se você se interessa pelo assunto, então precisa assistir ao último episódio do Conta Mais. 

Neste episódio, nós convidamos Mariana Rosa, jornalista, educadora e atualmente mestranda em Educação pela USP. Mariana é mulher com deficiência (tem baixa visão) e mãe da Alice, uma menina de 8 anos, curiosa, bem-humorada, que tem paralisia cerebral.

A live foi realizada no YouTube, mas você pode acompanhar o episódio completo a seguir:

 

 

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