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Dia do Folclore: como as lendas podem estimular o contato com a cultura nacional?

Curupira, Boitatá, Iara, Boto Cor de Rosa, Cuca, Saci Pererê e Mula Sem Cabeça. Quem nunca viajou no mundo da imaginação ao ouvir as histórias desses seres encantadores? Para prestigiar cada uma dessas figuras que exaltam a identidade cultural de diferentes regiões do Brasil, celebramos em todo o país, no dia 22 de agosto, o Dia do Folclore Brasileiro. 

Além de uma data muito especial, esse é um momento para compreender a origem dessas manifestações de uma cultura popular típica de uma determinada região do país. Como sabemos, o Brasil possui dimensões continentais e, em cada lugar, é possível vivenciar novos contos, lendas e danças que têm tudo a ver com o folclore.

Quer saber como inserir essa identidade no dia a dia das crianças e adolescentes? Então, senta porque lá vem história! A seguir, nós separamos as principais informações sobre o Dia do Folclore Brasileiro e dicas para vivenciar esse movimento cultural com a sua família. Vamos lá?

 

O que é e como surgiu o Dia do Folclore Brasileiro?

Como mencionamos no início do artigo, o Dia do Folclore Brasileiro é celebrado no dia 22 de agosto. A data foi instituída no ano de 1965 pelo Decreto nº 56.747 para relembrar e valorizar os aspectos da cultura brasileira. A escolha se refere à primeira vez em que a palavra folclore foi usada para fazer referência aos costumes de um povo. 

O fato aconteceu no ano de 1846, quando o britânico William John Thoms (1803-1865) juntou os termos em inglês “folk”, que significa “povo” com “lore”, que significa “conhecimento”.  Assim surgiu a palavra “folklore” ou “folclore” como a conhecemos, definida como o “saber tradicional de um povo”.

 

Qual é a importância do folclore para a cultura popular do Brasil?

Desde a sua origem, as duas coisas estão totalmente conectadas. O Dia do Folclore Brasileiro é quando celebramos os elementos e tradições que fazem parte da nossa cultura popular, e isso vai além das lendas e das histórias. Brincadeiras, danças, canções, festas típicas e populares também são elementos folclóricos que devem ser exaltados nesse dia.

Bumba meu boi, frevo, maracatu, afoxé, folia de reis e até as mais conhecidas aqui da região sudeste, Carnaval e Festa Junina, também são manifestações folclóricas. Outro exemplo são as músicas, como o samba de roda, forró, sertanejo, frevo e muitos outros ritmos característicos das regiões do Brasil.

Por fim, temos as lendas e os seres sobrenaturais, os quais você já viu alguns deles no primeiro parágrafo do texto. Nas águas e nas florestas, todos eles estão de alguma forma conectados com a natureza, o que traz uma importante mensagem sobre nossa ancestralidade para entendermos as nossas origens. 

 

Quais são as curiosidades sobre o folclore no Brasil?

Nosso folclore sempre esteve presente na história do Brasil. Seja através do universo  do Sítio do Pica-Pau Amarelo, de Monteiro Lobato, até outras formas de manifestações culturais. Veja abaixo algumas curiosidades sobre nosso folclore!

 

  • Relação da Semana de Arte Moderna, em 1922

A preocupação em divulgar o folclore brasileiro aconteceu durante a Semana de Arte Moderna, em 1922. Na ocasião, diversas obras apresentadas por artistas como Anita Malfatti, Mário de Andrade, Di Cavalcanti e Oswald de Andrade tinham como inspiração o nosso folclore. 

 

  • Considerado Patrimônio Cultura Imaterial pela Unesco

Em 1947, foi criada a Comissão Nacional de Folclore, fundada por Renato de Almeida por meio de uma recomendação da Unesco, sendo vinculada ao Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura e também à própria instituição da ONU. Por sua relevância e necessidade de preservação, o folclore é considerado pela Unesco um Patrimônio Cultural Imaterial.

 

  • Existe uma Carta do Folclore Brasileiro

Isso mesmo! É um documento escrito em 1951 após o I Congresso Brasileiro de Folclore, que serve como base para garantir a continuidade das tradições. Inclusive, o conteúdo da carta diz:

 

“Constitui o fato folclórico a maneira de pensar, sentir e agir de um povo, preservada pela tradição popular e pela imitação, e que não seja diretamente influenciada pelos círculos eruditos e instituições que se dedicam, ou à renovação e conservação do patrimônio científico humano, ou à fixação de uma orientação religiosa e filosófica”.

 

Gostou das curiosidades? Então, confira algumas dicas que selecionamos para inserir o folclore no dia a dia das crianças e adolescentes. Você vai gostar das sugestões, aproveite!

 

Dicas culturais: onde aprender mais sobre o folclore além do ambiente escolar?

O folclore e as manifestações culturais são trabalhadas de diferentes formas dentro do ambiente escolar. Na Escola Mais, por exemplo, inserimos o tema no dia a dia dos alunos dentro e fora de sala de aula. A família também pode aproveitar para reforçar esse contato com as danças, culturas e até brincadeiras no dia a dia. Veja alguns exemplos abaixo:

 

1. Visite bibliotecas, leia os livros e conte as histórias

Essa é uma forma de passar as lendas de geração para geração. Saci Pererê, Boto Cor de Rosa, Curupira e Iara são lendas do folclore que podem ser contadas para as crianças. Veja uma versão que esteja mais de acordo com a idade e traga essa prática para o dia a dia.

 

2. Apresente as brincadeiras para os pequenos

O folclore é mais do que as lendas e seus personagens. Brincadeiras como Jogo de Argolas, Corrida do Saco, Rabo no Burro, Escravos de Jó, Ciranda, Amarelinha e outros jogos podem ser aplicados, contextualizando sua origem. Essa pode ser uma forma divertida de aprender. 

 

3. Cante as músicas tradicionais e folclóricas

Mostre as cantigas como “Peixe-Vivo”, “Cai, cai balão”, “Fui no Tororó”, “Caranguejo não é peixe” e muitas outras que podem fazer parte da primeira infância. Aproveite para trazer a história sobre cada uma delas, de onde surgiram e como se tornaram populares.

 

Dica extra: assista à série Cidade Invisível, da NETFLIX

Se estamos falando de adolescentes, uma boa dica é apresentar a série “Cidade Invisível”, da NETFLIX, em que toda a narrativa é construída com base nas lendas do folclore nacional. Lembrando que a classificação indicativa é de 14 anos, então nada de passar para as crianças, tá bem?

 

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